Melro

Surpresa!

Não queria acreditar no que viam os meus olhos, quando na passada semana ao recolher ervilhas, encontrei nem mais nem menos que um ninho de melro! Estava bem aconchegadinho e muito bem dissimulado dentro da sebe formada pelas ervilhas de quebrar. Tem 4 ovos de cor cinzenta do tamanho dos ovos de codorniz. A fêmea é muito calminha, permitindo aproximar-me para colher as ervilhas sem se assustar.

Cá em casa é já um “fenómeno”, dos miúdos aos graúdos todos querem espreitar, o que não convém, pois corre-se o risco de que abandone o ninho. As aves necessitam de tranquilidade para chocar e criar os filhotes. Inclusive dizem as pessoas de mais idade, que os melros em caso de perigo para as crias as alimentam com bagas venenosas para as matar. Será verdade?

Esperemos que tal nao aconteça, pois espero poder continuar a dar notícias com regularidade.

O melro-preto é das espécies mais reconhecidas e mais abundantes no nosso país. É das espécies mais bem distribuídas pelo território, ocorrendo numa variedade enorme de habitats, desde bosques e florestas, a zonas de pastagens com sebes, parques e jardins urbanos, matos densos e até nas nossas hortas, como é o caso...

Identificação: Não apresenta dificuldades de identificação, sobressaindo, no caso dos machos, a coloração geral preta, bico alaranjado e auréola amarelada em torno do olho. Tanto no macho como na fêmea, as patas são compridas assim como a cauda. O padrão geral das fêmeas e dos juvenis é acastanhado com algumas riscas escuras difusas.